Nas conchas e colheres se refletia a imagem maculada
de olheiras pontuais abaixo de olhos soturnos.
Tinha formigas por todo o lugar, até no pensamento
elas faziam questão de estar, passeavam por todo o corpo, e não
adiantava matar uma, duas, eram bilhões de formigas que irritavam o dia inteiro
De boca aberta pra tentar comer a imagem refletida naqueles metais,
e ninguém podia vê-la, como uma síndrome de Dorian Gray tentava escondê-la
enquanto nela os cabelos escuros e agora maiores já cobriam parte de um dos
ombros,
O que mais pesava era não ver pessoa alguma naqueles olhos, era não ter
alguém fincado naqueles grandes olhos negros
e era engraçado até, ver o mesmo rosto tantas vezes deformado, tantas vezes diluído,
embaçado, possuído de uma vontade de ser possuído,
e era só um rosto refletido em frigideiras, panelas, conchas e colheres,
era bem capaz de ser.
Ou não ter-se fincada em outros olhos.
ResponderExcluirmenina mais "no país da smaravilhas" não há!!!
ResponderExcluirAmo-te menina!
=D
[é, eu tenho esse troço tbm!! hauihaiuahiaua achei por agora, só p comentar msm... hehe]