segunda-feira, 17 de maio de 2010

00:32

Agarra a mão da roseira e leva para passear,
carrega junto o sono e as olheiras, as soleiras e os montes que continuam a te esperar
Adeus quarto azul, adeus jardim,
olá concreto, olá ferros e grades,
Se eu te contasse tudo aquilo que escrevo,
tenho certeza que teus olhos, nada oblíquos, nada meus, não se manifestariam
nem uma rusga sequer demonstrariam
me contento?
Acho que sim, teu riso abala a casa, abala o corpo e tudo mais
teu espreguiçar envergonha, atiça e enrubesce
teus caninos colam como de vampiro e juro
que não desejo ir, juro que nem por um segundo sequer eu desejei ir,
no entanto eu fui,
mesmo sem ir tu também foi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário